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Ana Castela Mergulha no Country Pop com ‘Let’s Go Rodeo’, Mas Corre o Risco da Repetição

Ana Castela, um dos nomes mais quentes da música brasileira atual, lançou seu primeiro álbum de estúdio, "Let's Go Rodeo", em 29 de maio.

Ana Castela alinha nove músicas no primeiro álbum de estúdio, ‘Let’s go rodeo’ — Foto: Divulgação

Título: Let’s Go Rodeo Artista: Ana Castela Cotação: ★ ★ ★ 1/2

O disco, que apesar do título em inglês, apresenta nove faixas cantadas em português, solidifica a imagem da cantora como uma “boiadeira pop”, misturando suas raízes sertanejas com influências do country e elementos eletrônicos.

A Essência da Roça com Batida Pop

A proposta de Ana Castela em “Let’s Go Rodeo” remete, de certa forma, à guinada country pop de Roberta Miranda no álbum “Vida” (1997). No entanto, a recepção é diferente. A cantora sul-mato-grossense já surgiu em 2021 com a fusão de sertanejo, funk, reggaeton e dance music, o que torna a pegada pop de músicas como “Olha Onde Eu Tô” – uma declaração feminista de amor ao rodeio – algo natural e coeso com sua trajetória.

O álbum surpreende ao trazer a colaboração do renomado DJ e produtor norte-americano Diplo na faixa “Tropa do Chapelão”. Essa parceria injeta uma batida eletrônica poderosa, adicionando um toque “alien” ao repertório e reforçando a abertura de Ana Castela para o universo pop. Mesmo sem Diplo, a veia country pulsa em faixas como “Se Amando Nas BR”, produzida por Eduardo Godoy, que assume a maior parte da produção do disco.

Um Universo Cowboy com Toques de Sofrência

Godoy moldou a sonoridade do álbum, como na balada “Rodeio no Texas”, que consolida a imersão de “Let’s Go Rodeo” no universo dos cowboys e cowgirls. Embora isso possa limitar o alcance popular do álbum, ele se mantém fiel à sua essência sertaneja.

A balada country “Não Precisa Ser Cowboy” mostra Ana Castela reconhecendo que habita um mundo próprio, ao se dirigir a um amor que não se encaixa nesse perfil. A sofrência, elemento clássico do sertanejo, também se faz presente em faixas como “Pra Quem Você Ligou” e “Saudade É Saudade”, que, mesmo com o tempero country, remexem na dor universal do amor.

Capa do álbum ‘Let’s go rodeo’, de Ana Castela — Foto: Divulgação

Repetição e Conclusão

Contudo, apesar das nuances, o álbum peca pela repetição temática. À medida que as músicas avançam, como em “As Cowgirl”, a sensação é de que o disco gira em torno de um mesmo eixo, explorando o universo sertanejo-country de diferentes ângulos, mas sem muita variação. Essa percepção se acentua pela curta duração do álbum, que totaliza apenas 25 minutos.

A faixa de encerramento, “Tô Voltando”, com sua moldura sertaneja mais clássica, amarra o conceito de “Let’s Go Rodeo” com outra declaração de amor ao rodeio. No fim das contas, Ana Castela reafirma com orgulho suas origens roceiras enquanto continua explorando os caminhos e ritmos do universo pop, consolidando sua identidade musical única no cenário atual.

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